quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Metas reais

Este ano combinei com algumas amigas um intercâmbio de metas. Oi? Intercâmbio de metas? Explico: a ideia é fazer com que as letras saltem do papel e tomem forma, vida e verdade. As dos últimos anos ficaram na gaveta, tirando uma ou outra, que entrou em algum contexto e se fez presente. Portanto, a ordem agora é uma: realizar.

E realizar vai além do tentar. Realizar pede ação. E a primeira será fazer a matrícula na yoga ou no pilates, logo dia 2. Depois, a matrícula em algum curso que faça com que a minha inteligência – que acredito que ainda esteja aqui, intacta – dê uma movimentada e mostre para o que veio (afinal, eu poderia ter trocado a fila dela por uma, digamos, mais fútil). Na lista também está ser mais dura em alguns momentos. Chega de chorar por nada, chega de sofrer pelo sofrimento alheio. A gastrite precisa de folga. E eu, talvez, precise de terapia (por que, não?).

A corrida há de continuar. A cerveja precisa diminuir, assim como os chocolates do meio da tarde. O dinheiro precisa ficar na minha conta e, quiçá, numa poupança que ainda precisa ser aberta. O coração, ah o coração, precisa ser um pouco mais maleável. Precisa estar aberto a um mundo novo, cheio de estigmas que nunca quis enfrentar. Precisa entender que o melhor ainda pode estar por vir.

Na prática, o que eu realmente preciso é de uma mesa mais organizada, de um armário com menos coisa (quando uma blusa entra, outra precisa sair), de uma leitura mais frequente, de telefonemas mais assíduos (e, olhem que irônico, de uma conta de celular mais baixa) e de uma vida mais regrada (por incrível que pareça).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O poder do...abraço!



Me emociono com manifestações de carinho. Não posso ler uma declaração bonitinha no Facebook. E não, não precisa ser de homem para mulher (ou vice-versa). Muito pelo contrário. O que faz meus olhos encherem são abraços sinceros. Abraços que representem saudade, que representam vontade de estar junto. Se eu tivesse que definir o abraço em uma mensagem, seria: eu tenho um sentimento tão, mas tão grande que ele não está cabendo aqui e, por isso, queria dividi-lo com você. Deve ser por isso que fico arrepiada ao ver braços entrelaçados e corpos grudados (não me interpretem mal – ou bem). Imediatamente vem à minha cabeça que aquele momento é tão mágico para alguém que esse alguém precisou de outro alguém para compartilhar energia. Vão me dizer que isso não é lindo?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Válvulas de escape

Dá para sair para bater papo com os amigos, dá para beber, dá para ir ao cinema, , dá para brincar com crianças, dá para viajar, dá para fazer compras no shopping, dá para dar um abraço em alguém da família, dá para dormir em uma rede, dá para comer uma bela barra de chocolate, dá para fazer sexo, dá para dançar. E além de tudo isso, também dá para correr.

Quando o bichinho pega, não tem volta. Correr torna-se a melhor válvula de escape existente.

Agora, quando é possível unir o prazer pelo esporte com motivo especial, melhor ainda. Recebi do McDonald’s informações para a primeira corrida feminina realizada por eles. Serão 40 mil mulheres, correndo simultaneamente em 15 cidades da América Latina. Achei demais uma empresa como o Mc apoiar um grande evento esportivo.

O McDonald’s 5K – Mulheres em Movimento” será realizado esse domingo, dia 30 de outubro. Para os interessados, tem mais informações no www.5kmcdonalds.com.

Viver é isso aí, saber dosar com equilíbrio todas as coisas boas da vida.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Olééééé do coracion

Tem gente que adora se enganar. Engana o estômago faminto, engana o cérebro teimoso. É bem o tipinho de gente que tira a carga da bicicleta do spinning, que arruma uma dor de cabeça para faltar na academia ou no inglês. Que mente para si mesmo para terminar um trabalho amanhã, que se auto-sabota na dieta, jurando que um chocolate pequeno não faz mal a ninguém e que um sanduiche de frango grelhado do McDonald´s é completamente inofensivo.

Agora estou aqui para contar uma coisa: o coração a gente não engana nunca. Dá para tentar, desviar o pensamento, bloquear os contatos, excluir qualquer vestígio. É possível fingir que nada está acontecendo, sorrir para todos os lados, passar de festa em festa. Mas o coração, gente, é um bicho esperto para caralho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tão simples

Não suporto conjuntinhos. Não me venha com um terninho azul marinho, tradicional, com um corte elegante (leia-se, sem graça). Sou do tipo que mistura estampas. Com bom senso, posso tranquilamente colocar um sapato vermelho, com uma calça jeans e uma blusa amarelo ovo.

Sou geminiana das brabas, que troca o caminho, mesmo que por um mais longo, só para correr o risco de encontrar algo bacana pelo trajeto. Faço viagens que não estão no roteiro da CVC. Vou contra a lei das mulheres que gastam horrores com perfume, já que tudo que eu preciso é uma boa lavanda com cheiro de bebê.

Tudo isso para falar que tudo que é fora do padrão me agrada. Por que cargas d´água, tem que ser diferente no amor? Por que insisto em querer alguém que se encaixe perfeitamente em um briefing maluco que um dia estipulei como correto? Tem mesmo que gostar de praia, de MPB e não chegar perto de cigarro? Precisa curtir a natureza, ser louco por cerveja e idolatrar os meus amigos ? É indispensável que não goste de música eletrônica, que almoce com a família aos finais de semana e que seja viciado em criança?

Ok, ok. Para certas coisas não há como colocar a flexibilidade em jogo. Mas, assim, tem gente bacana por aí, que fuma cigarro, mas que é um puta homem interessante. Que não é muito chegado em criança (ainda), mas que se derrete ao falar de futuro. Que não curte um bom sambinha ou uma cerveja gelada, mas que mostre que uma viagem de aventura no fim de semana pode valer mais do que isso.

O negócio é o seguinte: não pode fazer a sobrancelha e nem ter frescura de cortar o cabelo em um lugar específico. Tem que amar a família, mas não precisa ser um grude com a mãe. Precisa ser esforçado, ter um trabalho bacana e o mínimo de ambição. É legal que não ache que balada é a cura para todos os males e tenha disposição para sair, mas que consiga acordar cedo no dia seguinte se o sol aparecer. Tem que ter amigos, não ser um carente incurável. Ah, sim, sem grude exacerbado. Simples, assim.

(Tá, admito, se propor uma viagem maluca por umas praias lindas ou fizer conseguir me surpreender em uma terça-feira qualquer, eu abro mão de todo resto).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

E você, tem saudade do que?

Como assim não existe a palavra saudade em outros idiomas? Eu tenho saudade de todas as formas, em todas as linguas. Eu sou do tipo que precisa de coisas palpáveis. Mensuráveis. Consigo, por tempos, medir o tamanho de um amor, nem que a minha medida seja esquisita (te amo, sim, mais que chocolate). Tento, por vezes, calcular a força de uma amizade, levando em consideração o grau de apoio, de companherismo, de ensinamento, de sinergia e de sintonia. Agora, o que não dá, é para calcular a saudade. Saudade de um dia, de um ano, de uma época. Saudade da escola, do primeiro ano da faculdade, das bagunças na casa de amigos que ainda moravam com os pais e “roubavam” a casa assim que ouviam o barulho do motor do carro. Saudade de uma viagem. Viagem? Ah, a viagem de formatura.

Agora, saudade, saudade mesmo eu tenho de gente. Quando vem aquele aperto do peito e um nó estranho na garganta é batata, a saudade chegou. Veio forte. Cheia de atitude. Tem dias que é estranho deitar na cama e não ter a minha mãe para me cobrir e dar boa noite, embora ela esteja a míseros 50km de distância. Ficar sem almoçar na casa do meu pai no domingo, faz a minha semana perder alguns porcento de cor, já que com isso, fico desprovida da melhor energia do mundo. Ok, também sinto falta de quem eu falava todos os dias e cortei por pura necessidade. Uma necessidade que eu queria que não existisse nunca.

Saudade de amigos de infância, da época do colégio. Amigos que conheci em alguma viagem, que mantive contato por meses, mas que a rotina acabou afastando. Ai, essa rotina louca e acelerada, que transforma em saudade uma possibilidade de ligação às 3 horas da tarde, que acaba ficando para depois, para depois e para nunca. Saudade de quem foi. De quem o destino tirou. Longe de ser mórbida, mas vale falar: estou aprendendo a lidar com a morte de forma mais natural. Enxergando de forma diferente. Mas nem isso apaga uma dor forte, uma vontade de chorar incontrolável, quando vem à cabeça um momento passado junto, quando estávamos todos no mesmo mundo. No meu mundo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Papo nosso de cada dia

(são cinco, tem dias que seis – sete ou oito – mulheres que procuram somente um lugar ao sol)

Chega. Cansei. Vida injusta essa, fala uma das meninas. Meu coração congelou, meu racional domina todos os meus pensamentos. Vou virar vaca, sair por aí, dando para qualquer um. Quem sabe assim, aumentando a oferta, acabo acertando em alguém especial? Ela fala, mas tem uma cara triste. A outra, que sempre foi a mais emocional de todas, retruca com um sonoro “o amor existe e está dentro de você”. Não desista, tem tanta coisa boa aí dentro de você, é um desperdício dar de bandeja para quem tiver passando primeiro.

No bar. Estou na frente na fila por um namorado, grita uma enquanto conta que ficou com o terceiro cara em uma semana. Oi? Três, sua vaca, num tom que mistura graça e uma inveja branca. Três, com todas as letras. O gordinho que não presta, o que vivia dando bolo e resolveu aparecer e, por último, um com potencial pra futuro. Quem sabe.

As personalidades completamente opostas dão graça ao papo. A que está apaixonada (sim, alguma se apaixonou) insiste em falar que a vida tá linda. Linda? Grita a outra que acaba de sofrer a maior desilusão da vida. Uma terceira, mais neutra na história toda, sente um vazio. Nem bom, nem ruim. Neutro como sempre. Uma paz incrivelmente chata, que tira do ar qualquer possibilidade de aventura, de frio na barriga. Melhor estar iludida. Melhor estar sofrendo. Melhor estar loucamente apaixonada. Chato mesmo é não pensar em ninguém ouvindo Nova Brasil FM. Porre.

Por e-mail as conversas são tão engraçadas quanto, normalmente iniciadas por meio de algum texto de auto-ajuda. Olha que lindo esse trecho, manda uma. Lindo e distante, retruca outra. No meio do romantismo, veio a quarta (ou terceira, quinta, sei lá) contando que está apaixonada pela oitava vez do mês. Essa mistura de sentimentos e momentos é incrível.

(quando o coração está esquisito, o melhor é ter amigas que te mostram peculiaridades, loucuras e todas as diferenças possíveis. Somos nós. Viva!).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Volto já

Em falta por aqui, eu sei. Escrevo e apago. Escrevo e apago. Escrevo e apago. Dizem que os poetas são tristes. Longe de ser poeta e longe de ser triste, mas a verdade é que a felicidade rouba histórias. Ando tranquila, na mais perfeita paz. Sorrio com facilidade, dificilmente choro. Corro alguns quilômetros por semana e, acreditem, ao invés de estarem indo embora alguns quilos, o que estão saindo de mim são algumas mágoas. Esqueço frequentemente, perdoo na maior naturalidade possível. E, quer saber? É muito mais agradável viver assim. É gostoso viver sem reclamar. Perceber que o mundo tem mais cores do que costumamos enxergar, é um acalento à alma.

Eu volto, em breve. Assim que o trabalho der uma trégua.

domingo, 24 de julho de 2011

Um texto nada óbvio para esse blog. Parabéns, vô.

(Discurso para os 80 anos de um vô lindo. Fiquem a vontade para copiar, família).



Depois do discurso de ontem, qualquer coisa fica pequena. Então, escolhi deixar pra lá todas as palavras bonitas. Em nome dos seus 11 netos e do Davi, hoje eu vou é agradecer.

E um agradecimento me soa tão clichê. Mas me fala, vô, o que eu posso fazer se a palavra mais completa que me vem à cabeça, é um sonoro OBRIGADA?


Obrigada, sim. Por tantas e tantas coisas.


Obrigada, vô, por não ter deixado a peteca cair. Quantas vezes nos pegamos pensando como seria se o cara lá de cima tivesse dado à vovó, alguns anos a mais? Eu, particularmente, tive a sorte de tê-la conhecido e, nas minhas mais remotas lembranças, lembro de um abraço sempre cheio de energia e do famoso Iá. Outros detalhes, que a minha memória e a minha pouca idade na época não alcançam, são lembrados pela minha mãe, tios e tias. Além de claro, fotos lindas.

Obrigada, vô, pela nossa união. É, não nos vemos todos os fins de semana e talvez, a frequência seja até menor do que desejamos. Mas, a verdade é que tô pra ver família mais unida. Seja no Bar do João, no tênis, na sua casa. Você já parou para pensar que somos em 11, com personalidades muitas vezes opostas, com estilos de vida conflitantes, com idades diferentes, mas, mesmo assim, com uma vida completamente em comum? Não me lembro de nenhuma briga entre primos, nem quando crianças, na época da patrulha salvadora (quem lembra do resgate da minhoca?) em Pinhal. Nossa afinidade, vô, é fruto de um amor plantado por você, talvez no dia em que eu vim ao mundo, puxando a fila.

Obrigada por nos ter ensinado o sentido da fé. Sábias as missas do Frei Guilherme, na capela do Stella Maris. Desses momentos, tiramos aprendizados, que, acredito eu, formaram parte do caráter que temos hoje. Digo por mim, mas acho que a opinião é compartilhada aqui pelos meus primos. Com a família que temos, é impossível não ter certeza de que Deus está dentro da gente. E nós não lembramos disso somente nos momentos de aflição, como o do tio Ricardo em 2001, conforme citado ontem. A gente sabe dessa força interior porque tem uma luz que nos guia rumo à felicidade, sempre. Quem anda com Deus, vô, encontra anjos pelo caminho. Olhando aqui, em volta, dá pra duvidar dessa frase?

Agradecemos pelos nossos pais que você, junto com a vovó, colocou no mundo. Cada um no seu jeito, dando a nós uma educação que não poderia ter sido melhor. Neles nos apoiamos e nos espelhamos. Não poderia ser diferente. Cada qual com a sua vida, com a sua situação financeira, com as suas crenças. Deram o sangue para nos colocarem em boas escolas, para nos darem a possibilidade de conhecer um mundo que existe fora da nossa casa, seja através de viagem ou de simples histórias contadas. Vocês já pararam para pensar que aqui nessa família nunca tivemos problemas típicos nos dias atuais, como má influência, drogas ou seja lá o que for. E sabe porquê, vô? Porque você passou aos nossos pais valores que ultrapassam gerações. Eles nos passaram e nós vamos passar aos nossos filhos, pode acreditar. Ressalto que aqui nessa família, eu tenho a minha mãe e eu tenho quatro pais, o Marcelo, o Ricardo, o Leão e o Pita. Não tem obrigada que contemple tudo que eu sinto.

Agradeço, por fim, por sermos santistas. E olha, que eu e a Marcela tínhamos uma influência forte completamente contrária. Imagina só, vô, ter netos corintianos, que azar. Como você mesmo disse, o Vitor um dia nos representará na presidência do amado clube.


É isso, vô. Um obrigada gigante. Quem sabe do seu aniversário de 90 já não sejam os seus bisnetos, bem pequenininhos, que vão te entregar um papel escrito simplesmente um “Eu te amo”, exatamente o que nos quisemos dizer com esse discurso todo. Nos amamos o senhor.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Prefiro tirar zero

Viajar sozinha é um exercício de autoconhecimento. Coisa de alma. De se entender, se compreender e provar, para todos os seus lados, que sim, você é uma pessoa legal e que se basta. Acabei de voltar de férias. Diferente do ano passado que o período foi marcado por curso, estudo e pensamentos embolados, dessa vez a ordem foi zerar o Q.I. O destino foi Itacaré. O desejo foi um só: relaxar. Eu mereço, pensava nas intermináveis horas de voos, entre uma conexão de outra.

A cidade linda não tem nada de romântica. É agitada, mas acolhe. Depois de ter acabado de chegar com uma fome de leão, numa chuva nada propícia ao momento, quis uma dica de lugar bacana pra sentar e devorar qualquer coisa. Entrei numa loja de camiseta do tipo “vim pra Itacaré e lembrei de você” e pedi uma dica de restaurante para a vendedora. Ouvi exatamente o que queria: “estou indo alí, comer uma baguete, quer ir comigo?”. Pronto, não estava mais sozinha.

Os dias se passaram, fiz amigos (amigos?) que talvez sejam cultivados. Ao contrário do que muita gente pensa, cultura não está somente em viagens ao exterior. Jantei na casa de baiano, conversei com dezenas de crianças que fazem rosas com folhas de bananeira (“arte não tem preço, tia”), dancei forró, peguei ônibus para uma cidade que não deve estar nem no mapa. Conversei. Muito. Com todo mundo. Ouvi histórias, abasteci o meu conhecimento com idéias que de tão diferentes da minha, chegam as ser iguais (entendem?).

Mais uma vez entrei em contato comigo, sem interferência da comunicação e muito menos da tecnologia (você sabe se aqui pega Nextel? Pergunto. Nextel? O que é isso? Escuto de volta). Tomei decisões. Resoluções. Percebi o que andava me fazendo mal. E enquanto tomava uma cerveja olhando para o mar, pensei: a solidão, quando não é imposta, é uma delícia.

Voltei. As férias ainda duraram mais alguns dias, que eu fiquei largada na casa da minha mãe. O carro quebrou (pura birra, não queria que eu voltasse para SP). Claro, precisei de uma oficina. Foi quando ouvi: “se você for na oficina sozinha, vai ser enganada pelo mecânico, que acha que mulher é trouxa”. Legal, viajar sozinha eu posso. Me virar com voo atrasado, conexão perdida, notícia triste no meio de tudo (Karoquinha, meu amor, você vai ser pra sempre a nossa única cachorrinha), para tudo isso eu sou capaz. Preciso agora descobrir qual a diferença entre um furo na bomba d’água, no radiador, na mangueira ou seja lá aonde for.

(se passar nesse teste, talvez não precise de ninguém pra nada mais. Melhor tomar bomba nessa prova. dane-se).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Despiroque!

Viver. No real sentido da palavra. Aí tá a graça. É hora de jogar tudo para o alto e provar o gosto de uma vida sem regras. Vai saber quando tudo acaba. Não é mesmo? É hora de viajar sozinha, acompanhada, pra perto e pra muito longe. Viajar só pra comprar, viajar pra descansar, viajar pra torrar dinheiro, viajar pra conhecer gente. VI-A-JAR. Pra viajar não precisa necessariamente sair do ligar. Precisa é estar disposto. A conhecer o novo, a experimentar sensações novas. A hora é de fazer esporte, sem academia. O momento é de sair correndo em busca de um ideal, em busca do algo mais. É hora de tomar chuva, minha gente. De rir disso. De achar graça, de graça.

Hoje? Saia por aí, faça novas amigos, tome um vinho novo, mande mensagens mesmo que se arrependa depois. Finja que nada é com você. Finja que tudo é com você. Experimente fazer yoga antes de dormir, mas deixe uma barra de chocolate no criado-mudo, caso a ansiedade aumente com a prática da meditação. Jante com os seus pais, role na areia com seus irmãos. Trabalhe até mais tarde mas se dê de presente uma boa cerveja depois. Brinque. Jogue Banco Imobiliário. Vá para uma balada nova. Vá ao cinema sozinha.

A fragilidade do mundo está aí e talvez seja a única coisa inevitável na vida. No intervalo entre uma coisa e outra (se é que me entendem), rasgue a fantasia e despenteie o cabelo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cadê você, minha cor?

Cadê a Iza, aquela que sorria com os olhos e abraçava com a palavras? Aonde foi parar a Iza, aquele anjo que mostrou pro mundo que para viver não era necessário muito? Ah, Iza. Oh, minha amiga. Que me cobrava textos bonitos sendo que eram dela os mais inspirados. Que me impressionava com uma autoconfiança absolutamente impecável. Que me ensinou que andar, que ter todos os movimentos, que falar perfeitamente, que ter a liberdade que o corpo dá, que tudo isso é importante, mas que tá longe de ser tudo.


Izoca, minha flor. Fique em paz. Olhe por nós, estrelinha. Obrigada por ter passado por aqui, por ter feito parte da minha vida. Arrisco dizer com total certeza: você foi o maior ensinamento que eu tive nesses meus 27 anos.


As minhas palavras não saem (você diria “escreva, Bru, você faz isso tão bem”). Estou com um nó apertado na garganta. Mas, me sinto na obrigação de postar algo nesse espaço, que você visitava com frequência e deixava os comentários mais lindos.


Te encontro por aí.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sai pra lá liberdade, eu tô com frio!

O frio chegou. E com ele, vem de brinde, uma saudade chata. Saudade de alguma coisa que não tem forma, não tem cheiro, não tem cor. Saudade de algo impalpável e, convenhamos, é muito mais difícil matar a saudade de algo que não temos como enxergar. A saudade é de uma mão entrelaçada com a minha e um pé aquecendo o meu embaixo do edredom. Olha que coisa: acordei hoje de mãos dadas comigo mesmo. Dá pra entender isso? Eu estava torta, com a circulação parada, mas as minhas mãos estavam ali, intactas, juntas, como se tivessem querendo me mostrar que necessidade de companhia é psicológica.

Vamos falar a verdade? Ficar solteira do verão ainda vai, mas no inverno...ah, no inverno, não. N-Ã-O, com todas as letras em caixa alta. Não é por nada, o negócio é bem objetivo: o frio pede um abraço quente, um cobertor de orelha, um vinho e uma companhia para o fondue. O verão grita por liberdade. Uma liberdade que tem um gosto amargo quando a temperatura está baixa.

Não, não adianta o caso de meses. Caso, esquenta de várias outras formas, mas não dessa a qual estou me referindo. Não adianta um amigo colorido. Não, não é questão para ex-namorado. O negócio vai além.

Quem entende, levanta a mão!

sábado, 16 de abril de 2011

Um texto especial para a Ana

Quem é a Ana? A Ana é aquela moça bonita, que estava na fila do banco essa semana. A Ana é a moça que te atendeu na farmácia, quando cheio de vergonha, você pediu uma pílula do dia seguinte. A Ana estava no salão agora pouco, fazendo as unhas enquanto, ao mesmo tempo, tinha um cara tingindo os fios brancos que teimam em aparecer. A Ana trabalhou muito nos últimos dias, só queria dormir no sábado, mas teve que ir assistir a uma palestra para se atualizar antes que o mundo a atropele. A Ana não sou eu. A Ana não é você. A Ana? A Ana somos nós.

A Ana é a figura da mulher moderna. Aquela, que mesmo morrendo de vontade de deixar o coração para fora e esquecer a maldita racionalidade, obriga-se a ter uma estratégia para não sofrer. A Ana ouviu da Fabiana agora pouco: “Se vê que vai sofrer, cai fora”. E a Ana entendeu que não basta ser mulher, ser fiel, ser legal, ser bonita, ser bem cuidada, ter sonhos, ter ambição, ter amigos especiais, ter uma boa conta bancária e ter uma barriga sarada. Além de tudo, ah, coitada da Ana, ela precisa ter inteligência emocional.

E mais: a Ana está morrendo de vontade de ser mãe. Mas ela sabe que ainda não é a hora, pois antes ainda precisa ter a casa própria, quitar o carro, entrar em uma empresa que dê direito a licença maternidade, resolver se quer morar em Santos, São Paulo, Londres ou Caraíva e depois, achar um João. E o João precisa não somente ter um trabalho digno e um salário para pagar uma boa escola para a Laura e para o Theo. O João, além de tudo, ter que ser iluminado. Tem que fazer boas ações, tem que falar português perfeitamente, tem que acompanhá-la em viagens culturais, tem que brincar com crianças como se fosse uma delas, tem que querer passar os domingos na casa do pai da Ana, sem reclamar.

A Ana e o João não precisam ser super-heróis. Longe disso. Ninguém exige que eles sejam perfeitos. Eles só estão tentando acompanhar a tendência mundial. Eles vão andando, mostrando aos quatro ventos capacidades que nunca vão ser usadas, só porque, simplesmente, espera-se muito do ser humano de hoje. A Ana acordou cedo, foi na palestra, dirigiu 50 km para ficar perto dos pais, foi no salão, foi doar sangue, deu uma corrida, encontrou com amigos de infância e, ufa, chegou em casa. Quando, depois de toda essa maratona, pensou: “fiz tudo certo, cumpri a agenda do dia, mantive a classe da mulher ideal. Mas, em que momento perguntei o que iria me fazer feliz por hoje?”.


Tudo muito rápido

O mundo gira a uma velocidade difícil de acompanhar

Cobranças por todos os lados Realizações inversamente proporcionais às obrigações

Que tal deixarmos todos os dogmas de lado e fazermos somente o que temos vontade?

Bora galera, gritem agora bem alto "padrão é o caralho!".

segunda-feira, 28 de março de 2011

Encalhada é você, tia!

Não foi a primeira vez que a minha mãe me perguntou: “por que cargas d´água, Bruna, você e suas amigas estão solteiras? É o único grupo que eu conheço, que são todas bonitas, inteligentes e...sozinhas”. Pois bem, na hora fiquei sem palavras, mas vamos lá tentar responder.

Tem livro de auto-ajuda garantindo que o problema é sermos independentes demais. Dizem por aí que homem gosta de mulher cheia de nhémnhémnhém, que precisa de alguém o tempo inteiro, seja para ouvir que tá bonita, seja para ter motivo para um jantar especial, seja para abrir a lata de atum. Definitivamente, nós não somos assim.

Tem revista feminina falando que não pode sair em gangue o tempo inteiro. Que chegar a um bar sozinha é charmoso, que precisa se instalar alí no bar, olhar para o bonitão ao lado (rs) e pedir um Martine. É , nós também não somos assim. Nós não somos NADA assim.

Por fim, tem amigos homens que andam nos dizendo que somos legais demais. Oi? Legais demais? Isso é uma crítica?

Eu e as meninas (que vão ser para sempre “meninas”) andamos grudadas. Chegamos juntas, depois de trocar roupa, sapato e fofoca. Frequentamos lugares que não são frequentados por rapazes que a Nova indicaria para moças solteiras. Pedimos uma cerveja, falamos alto, rimos alto, sentamos de perna de índio, falamos de novela, de moda, de homem bonito, de homem feio, de sexo , de BBB, de comida e de coisas nojentas. Não necessariamente nessa mesma ordem. A verdade é que falamos de tudo sem nos preocupar se tem alguém olhando.

Além disso, somos irritantemente independentes. Viajamos sozinhas, sustentamos nossas futilidades e nossas necessidades com muito trabalho, vamos ao cinema na companhia somente da pipoca e passamos fins de semana em casa, se preciso.

Quanto ao fato de sermos legais demais, prefiro me abster. Como assim? Preciso agora surtar se o cara resolve jogar bola na quarta-feira para arranjar um namorado bacana? Vou ter que ter crises de dor de cabeça no meio de uma festa? Preciso não deixar ele viajar com os amigos para um fim de semana tipicamente macho?

Bom, o resumo é o seguinte: eu e as meninas estamos solteiras porque a vida quer assim. Porque por meses (ou anos, que seja) estamos felizes e nos bastamos. Na hora que tiver que ser, iremos apadrinhar cerimônias lindas, filhos fofos e brindar todas as nossas uniões em casas de cerquinha branca. Enquanto isso, não precisam ter pena, não precisam achar que estamos infelizes por estarmos sozinhas. Acreditem: nós estamos é bem demais, acordando a hora que bem entendemos e fazendo do nosso sábado um dia sem necessidade alguma de uma prévia programação. E viva essa fase.

PS. O texto é pra Maisa, pra Erika, pra Thatá, pra Fabi e pra todas as outras mulheres que são obrigadas a ouvir de uma tia velha e infeliz “filhinha, nada de casar? Desse jeito vai ficar encalhada”.

terça-feira, 15 de março de 2011

É muito mais fácil ser feliz

Se tem uma coisa que eu tenho horror é por pessoas que não deixam a vida levar. Pragmáticas, monótonas, restritas. Gente que tem medo de se jogar de cabeça, receio de experimentar o que o mundo tem que melhor. A minha opinião é a seguinte: viver é bom, mas torna-se melhor ainda quando o verbo é conjugado sem amarras, sem dor de cabeça. Sou do tipo que não faz planos, não cumpre o orçamento previsto, não leva lista pro supermercado, não monta cronograma. Gosto do real sentido da palavra surpresa. Deixar acontecer e ver depois no que a bagunça deu. Acredite, na maioria das vezes, dá é muito certo. Enquanto o mundo perde um tempo danado pensando como otimizar tudo, eu otimizo simplesmente dispensando o planejamento e indo direto aos finalmentes. Fica aí parado no ponto contando as moedas que pode gastar no táxi enquanto eu vou andando, meu caro. No caminho – quem sabe – posso encontrar flores lindas.

Eu aguento tudo. Sou tolerante até o limite da chatice. Mas não me venha com nãos. A palavra não, quando o sentido é amigo do pessimismo, me tira do sério. Tudo dá certo. O meu otimismo é chato, é insistente e muitas vezes é confundido por alegria desmedida, aquela que irrita quando estamos no aeroporto cansadas e chega um grupinho cantando música de carnaval. Mas ele – o meu otimismo – me ajuda a ver tudo de uma forma mais colorida. Com a certeza de que as coisas vão dar certo, eu dispenso toda a prévia, despenteio o meu cabelo, rasgo a fantasia, entrego o meu coração na bandeja, e envio posteriormente, sem data marcada, um relatório de resultados qualitativo (números, na minha opinião, são amigos das pessoas chatas).

O negócio é muito mais simples do que a gente pensa. Pode ser pela idade, talvez há oito anos atrás eu não tivesse toda essa fome, mas a real é que eu necessito aproveitar cada segundo, cada momento. E não vai ser a falta do secador de cabelo, da agenda do celular ou da conta bancária gorda que eu vou deixar a vida andar de cavalinho nas minhas costas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A minha eu pinto com sorvete de chocolate. E você?

O nome disso é preguiça. É a frase que repito todos os dias na hora que o despertador toca, e ao invés de eu levantar e ir pra academia ficar livre disso de vez, resolvo dormir mais uma horinha. Levanto quase atrasada, tomo um banho rápido e penso: o que eu mais queria era ter uma praia bonita aqui na frente para dar uma corrida e um belo mergulho no mar. Ok, uma esteira e uma piscina no prédio já seriam o suficientes. Converso com a minha consciência. Será mesmo que eu iria malhar e dar um mergulho na piscina antes de ir trabalhar ou só to querendo isso pelo fato de não ser uma realidade presente? É claro, decido sem titubear. Faria tudo isso, mas precisava chegar em casa e ter uma bela mesa de café da manhã, com salada de frutas, coberta com iogurte natural, granola e mel. Perfeito.

Isso eu não tenho, mas tenho o privilégio de vir trabalhar andando. E , mais uma vez repito na minha cabeça, era o tudo que eu queria (assim como a piscina ou a praia) há um ano atrás, quando ficava infinitos minutos dentro do carro para vir pra agência. Praia? Como eu desejei essa metrópole esquisita que é São Paulo, durante as minhas voltas em Santos, com a calça jeans dobrada até o joelho, chutando água do mar, enquanto retornava pra casa depois da rotina certa de oito horas diárias. A praia eu posso aproveitar de fim de semana. Acreditei tanto nisso, que me joguei sem dó. São Paulo, aqui estou eu.

Se o meu salário fosse mais alto eu daria entrada num apê. Se fosse um pouco maior, eu investiria num MBA. Se fosse o dobro, eu guardaria por meses, até jogar tudo pra cima e dar uma bela volta ao mundo. As coisas acontecem, merecendo, tudo rola. Mas ele precisa continuar sendo mais alto. Porque na vida, minha gente, sempre estamos querendo mais.

E é aí que tá. Lembro de um papo com uma psicóloga que certa vez me disse: até quando, Bruna, você vai ficar colocando prazos para ser feliz? Se ele não mudar até o ano que vem, eu termino. Se eu não tiver o reconhecimento no trabalho até o próximo semestre, começo a mandar currículo. Pode ser papo de livro de auto ajuda, mas o momento é o já. As coisas não mudam se a gente não mudar. Simples. O que eu to tentando dizer é que se dependermos do “mais”mais sermos felizes, não seremos é nunca.

Tudo isso para contar que mesmo querendo uma praia, uma piscina e uma salada de frutas completa numa charmosa mesa de café da manhã, eu aprendi que a felicidade não depende de absolutamente nada. Tá aqui, na simplicidade mais irritante da vida. Tá na árvore colorida da Vila Madalena. Tá na cerveja com os amigos que deixam o mundo mais especial. Tá no abraço apertado. Tá nas primeiras palavras de um bebê gostoso “titi, joga a bola?”. Tá na rede de casa. Tá no passeio de patins no parque. Tá yoga, no pilates (só não está no spinning). Tá fácil.

Quando enxergamos a luz mesmo no cinza do céu, é o momento de gritar: chega de reclamar, gente, a vida tem a cor e o gosto que você definir.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lugar nobre

Nem sempre a nossa alma gêmea tá ali, dividindo a cama e juntando o pé no nosso pé. Muitas vezes a pessoa que completa nosso mundo não tem nenhum apelo sexual. Não precisamos beijar na boca para saber que alguém nasceu para a gente. A gente sabe. Eu sei.

O que quero dizer com esse texto é que pessoas passam pela nossa vida, tornam-se indispensáveis, temos vontade de segurá-las para sempre, prendê-las por toda eternidade em um cadeado com formato de coração e...vão. Sim, vão. Deixam uma marca em tinta vermelha, um carinho, um chamego e várias lembrança. Mas passam. A nossa alma gêmea vai. E o que fica é lindo. Sabem por que? Porque não dói. Simples assim.

E depois chegam outras. Como adolescentes nos mostramos suscetíveis ao acaso e acreditamos fielmente que agora sim, é ele. E talvez seja mesmo. Ou, quem sabe, é mais um alarme falso. Portando, minha gente, o papo é simples: as coisas acontecem e se deixarmos os sentimentos livres para tomarem a proporção que bem entendem, tudo fica mais fácil. Assim, sem rótulos, sem nomes.

Afinal, a alma gêmea tá aí, pelo mundo. E não é porque ele gosta das mesmas coisas, tem amigos incríveis, fala três idiomas e te tira o ar quando está a 20 metros de distância, que é ele. E também não é porque ele fala errado, não quer saber de trabalho, mora longe, e fisicamente não tem nada do que você sonhou para a genética dos seus futuros pimpolhos, que não é o felizardo.

No dia que vier, nós vamos saber. E mesmo sem títulos pré-determinados, vamos querer perto. Sem cadeado de coração, pois se a pessoa É , ela não precisa ficar junto. Ela já está num lugar muito mais nobre: está dentro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vemnimim ano bão

O ano começou quente. Tem tudo para ser daqueles. Depois de um 2010 de grandes realizações, não vou me contentar com pouco. Quero tudo cheio de exagero, sabe? A única coisa que quero de menos aqui é essa celulite chata que teima em não desaparecer nem com creme da Lâncome. Se pudesse listar tudo, ficaria mais ou menos assim.

Quero dias de sol, mesmo que lá fora chova. Dias claros, que evidenciem as cores da Vila Madalena. Preciso de pessoas iluminadas, que não se contaminem com a raiva que o mundo teima em manter. Desejo comidinha caseira durante a semana, chega de restaurantes caros e engordurados. Quero mais pique para a academia e voltar a ter vontade de correr no finais de semana, substituindo assim a cerveja marrrrdita. Mais viagens, mais dias de absoluto ócio. Nada de e-mail profissional no celular. Na verdade, desejo menos celular (por que não?). Férias em Itacaré, dinheiro na poupança, amigos em casa. Tudo em seu devido lugar. Mais tempo na casa do meu pai, mais mimo para o meu sobrinho, mais apertos gostosos no meu irmão amado. Preciso de momentos leves. Preciso de dinheiro sobrando. Preciso de alguém.

Alguém? É, alguém. Afinal, ao contrário das minhas amigas, o meu objetivo tem uma letra a menos. Elas querem causar (pegaram a letra a mais aí na palavrinha?). Brincadeiras a parte, eu quero é parar. Parar de sair. Me dar o direito a uma vida mais calma. Topar um filme sábado a noite. Ter para quem ligar quando escutar uma música nova na Nova Brasil FM. Ser cuidada, mimada, amassada.

Vemnimim 2011. Com tudo que tenho direito (que seja muito, há!).