segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cadê você, minha cor?

Cadê a Iza, aquela que sorria com os olhos e abraçava com a palavras? Aonde foi parar a Iza, aquele anjo que mostrou pro mundo que para viver não era necessário muito? Ah, Iza. Oh, minha amiga. Que me cobrava textos bonitos sendo que eram dela os mais inspirados. Que me impressionava com uma autoconfiança absolutamente impecável. Que me ensinou que andar, que ter todos os movimentos, que falar perfeitamente, que ter a liberdade que o corpo dá, que tudo isso é importante, mas que tá longe de ser tudo.


Izoca, minha flor. Fique em paz. Olhe por nós, estrelinha. Obrigada por ter passado por aqui, por ter feito parte da minha vida. Arrisco dizer com total certeza: você foi o maior ensinamento que eu tive nesses meus 27 anos.


As minhas palavras não saem (você diria “escreva, Bru, você faz isso tão bem”). Estou com um nó apertado na garganta. Mas, me sinto na obrigação de postar algo nesse espaço, que você visitava com frequência e deixava os comentários mais lindos.


Te encontro por aí.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sai pra lá liberdade, eu tô com frio!

O frio chegou. E com ele, vem de brinde, uma saudade chata. Saudade de alguma coisa que não tem forma, não tem cheiro, não tem cor. Saudade de algo impalpável e, convenhamos, é muito mais difícil matar a saudade de algo que não temos como enxergar. A saudade é de uma mão entrelaçada com a minha e um pé aquecendo o meu embaixo do edredom. Olha que coisa: acordei hoje de mãos dadas comigo mesmo. Dá pra entender isso? Eu estava torta, com a circulação parada, mas as minhas mãos estavam ali, intactas, juntas, como se tivessem querendo me mostrar que necessidade de companhia é psicológica.

Vamos falar a verdade? Ficar solteira do verão ainda vai, mas no inverno...ah, no inverno, não. N-Ã-O, com todas as letras em caixa alta. Não é por nada, o negócio é bem objetivo: o frio pede um abraço quente, um cobertor de orelha, um vinho e uma companhia para o fondue. O verão grita por liberdade. Uma liberdade que tem um gosto amargo quando a temperatura está baixa.

Não, não adianta o caso de meses. Caso, esquenta de várias outras formas, mas não dessa a qual estou me referindo. Não adianta um amigo colorido. Não, não é questão para ex-namorado. O negócio vai além.

Quem entende, levanta a mão!