terça-feira, 15 de março de 2011

É muito mais fácil ser feliz

Se tem uma coisa que eu tenho horror é por pessoas que não deixam a vida levar. Pragmáticas, monótonas, restritas. Gente que tem medo de se jogar de cabeça, receio de experimentar o que o mundo tem que melhor. A minha opinião é a seguinte: viver é bom, mas torna-se melhor ainda quando o verbo é conjugado sem amarras, sem dor de cabeça. Sou do tipo que não faz planos, não cumpre o orçamento previsto, não leva lista pro supermercado, não monta cronograma. Gosto do real sentido da palavra surpresa. Deixar acontecer e ver depois no que a bagunça deu. Acredite, na maioria das vezes, dá é muito certo. Enquanto o mundo perde um tempo danado pensando como otimizar tudo, eu otimizo simplesmente dispensando o planejamento e indo direto aos finalmentes. Fica aí parado no ponto contando as moedas que pode gastar no táxi enquanto eu vou andando, meu caro. No caminho – quem sabe – posso encontrar flores lindas.

Eu aguento tudo. Sou tolerante até o limite da chatice. Mas não me venha com nãos. A palavra não, quando o sentido é amigo do pessimismo, me tira do sério. Tudo dá certo. O meu otimismo é chato, é insistente e muitas vezes é confundido por alegria desmedida, aquela que irrita quando estamos no aeroporto cansadas e chega um grupinho cantando música de carnaval. Mas ele – o meu otimismo – me ajuda a ver tudo de uma forma mais colorida. Com a certeza de que as coisas vão dar certo, eu dispenso toda a prévia, despenteio o meu cabelo, rasgo a fantasia, entrego o meu coração na bandeja, e envio posteriormente, sem data marcada, um relatório de resultados qualitativo (números, na minha opinião, são amigos das pessoas chatas).

O negócio é muito mais simples do que a gente pensa. Pode ser pela idade, talvez há oito anos atrás eu não tivesse toda essa fome, mas a real é que eu necessito aproveitar cada segundo, cada momento. E não vai ser a falta do secador de cabelo, da agenda do celular ou da conta bancária gorda que eu vou deixar a vida andar de cavalinho nas minhas costas.

2 comentários:

Unknown disse...

é a maturidade, por mais contraditorio que pareça!

Unknown disse...

Bru, vc tá tipo "eat, pray, love", hahahahaha!
Parece que acabou de comprar o seu bilhete!

Amo vc e todo esse otimismo lindo. A vida sempre vale a pena =)