quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lugar nobre

Nem sempre a nossa alma gêmea tá ali, dividindo a cama e juntando o pé no nosso pé. Muitas vezes a pessoa que completa nosso mundo não tem nenhum apelo sexual. Não precisamos beijar na boca para saber que alguém nasceu para a gente. A gente sabe. Eu sei.

O que quero dizer com esse texto é que pessoas passam pela nossa vida, tornam-se indispensáveis, temos vontade de segurá-las para sempre, prendê-las por toda eternidade em um cadeado com formato de coração e...vão. Sim, vão. Deixam uma marca em tinta vermelha, um carinho, um chamego e várias lembrança. Mas passam. A nossa alma gêmea vai. E o que fica é lindo. Sabem por que? Porque não dói. Simples assim.

E depois chegam outras. Como adolescentes nos mostramos suscetíveis ao acaso e acreditamos fielmente que agora sim, é ele. E talvez seja mesmo. Ou, quem sabe, é mais um alarme falso. Portando, minha gente, o papo é simples: as coisas acontecem e se deixarmos os sentimentos livres para tomarem a proporção que bem entendem, tudo fica mais fácil. Assim, sem rótulos, sem nomes.

Afinal, a alma gêmea tá aí, pelo mundo. E não é porque ele gosta das mesmas coisas, tem amigos incríveis, fala três idiomas e te tira o ar quando está a 20 metros de distância, que é ele. E também não é porque ele fala errado, não quer saber de trabalho, mora longe, e fisicamente não tem nada do que você sonhou para a genética dos seus futuros pimpolhos, que não é o felizardo.

No dia que vier, nós vamos saber. E mesmo sem títulos pré-determinados, vamos querer perto. Sem cadeado de coração, pois se a pessoa É , ela não precisa ficar junto. Ela já está num lugar muito mais nobre: está dentro.

Um comentário:

Unknown disse...

Escritora mais linda desse mundo, vc acertou em cheio. Alguém que desmarcou um casamento por outro alguém que conheceu num velório pode falar bem disso. Sem rótulos, a vida, além de leve, fica mais bela. Lov u.