Se tem uma coisa que me deixa realmente irritada é baixo astral. Eu gosto de sorrisos, de leveza, de gente que acredita que as coisas vão dar certo. Eu sou daquelas otimistas natas, que não sabe pensar em plano B porque sabe que o A vai acabar do jeito planejado. Não suporto processos, planilhas, andamentos. Eu gosto de visualizar o fim e produzir com este objetivo. Eu odeio burocracias desnecessárias tanto quanto eu odeio mau humor e tanto quanto eu odeio chegar em casa com dores descomunais no pé e lembrar que tinha uma havaianna na bolsa (não tenho guarda-chuva, mas havaianna não pode faltar).
Tudo isso eu estou escrevendo para justificar a minha cara feia de hoje. Para provar para mim mesma que eu não estou sendo contaminada por pessoas que não foram ao circo quando eram crianças (e não tem amigos.e não tomam cerveja.e desconhecem a f-e-l-i-c-i-d-a-d-e). Quer saber? Eu queria mandar todas essas pessoas à merda. Mas eles são tão, mas tão chatos que é bem possível que eles conheçam e já sejam adeptos deste local.
Amanhã eu vou acordar linda, loira, calma e revigorada (é por isso que eu amo morar com três mulheres que me fazem rir, falar besteira e comer penne ao molho branco numa quarta-feira). Vou começar do zero. Porque eu, ao contrário das pessoas desprovidas de brilho no olhar, sei ser feliz todos os dias, cada minuto e acredito, sinceramente, que cada segundo dos “meios” é um desperdício de serotonina.
Eu, com toda certeza, to longe de plástica para rugas. Cirurgia aqui só umas 200 ml em cada lado (não da bochecha, claro).
Alguém aí duvida que a leveza é o ingrediente mais especial da receita da vida boa?