quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

D – E – S – I – S – T – O

Nunca gostei dessa palavra, embora a use com frequência. Sou geminiana das brabas, daquela que deixa livro faltando três páginas para acabar. Mas, dessa vez, eu tenho fortes argumentos. Sério.

Eu desisto de ser solteira. Quer dizer, eu desisto de levar vida de solteira, já que a primeira colocação não depende só de mim. Sempre gostei dessa história de sair sem hora pra voltar, de não dar explicação, de não dar telefonema com hora marcada, de só fazer o que tenho vontade, de usar a irresponsabilidade-responsável a meu favor. Mas, definitivamente, parei.

Ontem fui pra balada. Pagode dos bons. Gente bonita, amigos legais por perto, aquele cenário que sempre me faz acordar no dia seguinte com borboletas no estômago (já que não me apaixono, descobri outro jeito de movimentar isso aqui). Enquanto dançava o bole-bole a única coisa que passava pela minha cabeça era a sintonia linda do casal que estava do meu lado. Ela cantava olhando pra ele, nunca vi olhos brilhando tanto.

Semana passada foi a mesma coisa. Insisti que queria sair, enchi o saco das meninas falando que queria dançar, cantar alto, ver gente diferente. Ok, como elas são suuuper difíceis, toparam. Saímos e tudo que eu consegui fazer foi analisar as letras de música da bandinha de MPB.

Por isso eu decidi desistir. Se não tenho escolha (já que antes sozinha do que mal acompanhada) que eu viva essa fase sem me forçar a sair, sem me forçar a ser legal, a ser simpática com quem puxa o meu cabelo na balada. Não quero mais acordar com cheiro de cigarro no meu travesseiro. Não vou mais trabalhar morrendo de sono e me sentindo uma adolescente de 15 anos.

Pelo menos até a semana que vem.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Que em 2009...

Eu aprenda a correr e faça disso um hábito, eu pare de achar que chocolate é a cura de todos os males, eu descubra a diferença entre amor e sexo de uma vez por todas. Que eu pare de cuidar só das minhas mãos e faça as minhas unhas do pé pelo menos quinzenalmente, que eu gaste menos dinheiro em balada e restaurantes japoneses, que eu consiga, definitivamente, levar um relacionamento pra frente.

Que eu conquiste um emprego que me permita acreditar no que eu faço, que eu emagreça cinco quilos e destrua o efeito sanfona, que eu use mais roupas coloridas. Que eu viaje mais, leia mais, escreva mais e coloque em prática o plano de escrever um livro. Que em 2009 uma amiga (que possa e queira, claro) engravide, só para eu ter bochechas amassáveis para morder (e motivos para entrar em lojas de bebê – chega de ser louca).

Desejo um ano sem medo de mudança, com coragem de jogar tudo pro alto e pegar uns dias depois. Que eu arranje um namorado lindo, inteligente, independente, que goste dos meus amigos e que tope qualquer coisa, desde que seja perto de mim. Que eu tenha mais contato com a natureza, que frequente (sem trema, pelas novas regras da língua portuguesa) mais lugares abertos, que aprenda um terceiro idioma. Ah, e que decore todas as novas regras desta nova regra, deixe de detestar a palavra “regra” e o significado dela.

Que eu dedique mais tempo à yoga, tome mais suco natural, mais água de coco e menos (bem menos) cerveja. Que eu tenha dinheiro pra realizar desejos, paz para alimentar a alma, felicidade para inspirar realizações.

Desejo pra todos, exatamente o que desejo pra mim.

Namastê.