terça-feira, 16 de março de 2010

Odeio ser adulta!

Talvez eu tenha sumido por estar trabalhando demais. Talvez seja porque de tanto treinar acabei acostumando a ficar sem ninguém, o que tira as palavras bonitas dos textos (mil) que começaram e ficaram pela metade. Mas a verdade, a verdade mesmo, é que ando preocupada com coisas de gente grande e essas coisas, que deveriam acontecer só depois que você tivesse alguém pra dividir a cama e os problemas, estão tomando um tempo bastante significativo da minha vida. Se fosse só a proprietária pedindo o apartamento, ok. Se fosse só a falta de dinheiro para alugar um melhor, ok também. Se fosse só o cliente que dá problema ou o chefe que manda e-mails obscuros, eu me virava. A saudade de casa, a dor de garganta, o chuveiro queimado, a TV que não liga mais, a falta de geladeira e fogão, para tudo isso eu dava um jeito. O negócio ficou feio porque aconteceu tudo junto. E, sinceramente, eu não aprendi a ser forte no mesmo dia que aprendi a fazer arroz.

Precisava de uma varinha mágica, que soltasse um brilho bem colorido e deixasse as coisas mais leves. Queria uma praia, com o Q.I zerado e um mar que dói de tão lindo. Queria que cada palavra deste texto carregasse um pouco da minha preocupação para ver se assim, as coisas ficavam mais fáceis. Mas não, o jeito é encarar de frente, com o nariz empinado, fingindo que aprendi a ser adulta na apostila do 3º colegial. É claro que meu otimismo continua aqui e que sei que as coisas vão dar certo, mas já queria comprar as minhas coisinhas fúteis (porque estou pobre, mas nem por isso deixo de precisar muito de um saleiro da Imaginarium) e comemorar com uma cerveja no apartamento 25, da Girassol.

Sim, obrigada pelas palavras. Eu também acredito, juro.

2 comentários:

Unknown disse...

Estamos nessa juntas, como em outras que passaram e várias que virão! AMO.

Unknown disse...

bem vindas ao clube meninas! ou melhor, mulheres..crescidinhas!
um beijo e uma saudade!