Por muito tempo ela soube como controlar e como respirar de uma maneira que não a fizesse explodir. Por alguns anos ela quis somente estar, sem pensar que para estar era preciso ser. Ela não precisava de nada além daquilo, de nada que estivesse além dos corpos óbvios e conectados por algo que nunca lhes faltou. Não precisava do mais, do plus, do surpreendente. Hoje, ao enxergar a vida de um jeito ensinado pelo pai, um jeito que não se satisfaz com pouco e nem com apenas o já esperado, viu que o que é oferecido não é o bastante. E isso não é culpa de ninguém, a não ser dela mesmo. Esperar de qualquer pessoa algo que não esteja inerente a uma personalidade deliciosamente peculiar, é realmente um desacato. Sem ironia na voz, note, ela está serena. Somente incomodada por ter percebido que é fundamental ter a trufa e não somente a barra de chocolate meio-amargo.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
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Um comentário:
Chocolate meio, só meio, amargo.
Escreve, escreve, mto, sempre.
Saudades suas, Má
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