quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quando eu quis escrever um livro

Título
Sua (é você aí) irmã siamesa.
Agora meu pai vai saber que eu transo.

Apresentação

Na dúvida entre casar e comprar uma bicicleta, eu resolvi arriscar um livro já que, pelo menos assim, a minha integridade física e mental permaneceriam intactas. Era uma noite de terça-feira, eu tomava vinho em casa, sentada em um tapete felpudo de uma sala cheia de gente tão louca quanto eu. Perguntaram onde eu estava publicando meus textos, aqueles nos quais eu contava a minha vida inteira. Eu retruquei. Disse que eram personagens. Todos riram. Sabiam de cor as minhas histórias que eu não fazia questão de esconder nem na fila do supermercado (quem dirá no metrô!). Quando descobri que não era mais segredo para ninguém, resolvi escrever. Foi difícil começar, eu tenho manias chatas, leio de trás pra frente (e de cima pra baixo) e não sei escrever uma palavra sem colocar o entrelinhas 1,5 (salve Word). Aos poucos foi tomando forma.
Este livro não tem personagens, não tem estórias (com “e” mesmo, do jeito que aprendi na escola). Cada folha aqui tem vida. E tem datas. Totalmente proposital para que cada um dos envolvidos na minha loucura identifique as histórias (agora com h mesmo).
É isso. Eu sou eu, eu sou você, eu sou o casal que tava se pegando hoje no seu caminho trabalho-casa. Eu sou qualquer um. Mas sou a partir de mim. A partir de uma personalidade geminiana com mais de mil facetas.
PS. Se um dia eu realmente for escrever um livro, crio outra apresentação (tão louca quanto).

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